“Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia” (Sl 34:8)
Ontem, estávamos na igreja quando percebemos a chegada de uma idosa; parecia ter cerca de 85 anos e caminhava com o auxílio de um andador. Assentou-se próxima a nós.
Logo que o culto se iniciou, passou a participar com entusiasmo e, mesmo com uma voz fraca, orava e cantava, não se deixando vencer pelo peso da idade.
Em dado momento, enfrentando qualquer temor ou constrangimento, acenou para o pastor, que atenciosamente deixou o púlpito e se aproximou para ouvi-la. Pediu, então, uma oportunidade para falar algo. O pastor, com discernimento e sensibilidade, interrompeu a liturgia e lhe concedeu o microfone. Um grande silêncio se formou, unido à expectativa da congregação.
De repente, aquela humilde idosa começou a orar, e tudo o que conseguia expressar, por alguns minutos, eram palavras carregadas de gratidão a Deus. Em seguida, com lágrimas escorrendo por seu rosto, testemunhou que estava enferma e, por esse motivo, impedida de congregar nos últimos meses, mas que, naquela noite, conseguiu ir ao culto, unir-se aos irmãos e prestar culto a Deus.
Todos ficaram cheios de temor, e a emoção invadiu o coração de muitos. Naquele momento, lembrei-me da pandemia da Covid-19 e de quantos sofreram por terem sido privados dos cultos públicos, por conta das restrições sanitárias. Pensei também nos que, mesmo gozando de boa saúde e tendo oportunidade, desprezam a convocação divina para se reunirem em assembleia e prestar culto a Deus, desperdiçando privilégios que ecoam na eternidade.
O testemunho daquela idosa edificou e multiplicou a alegria entre os presentes, por estarem ali, cantando louvores e encontrando no Senhor refúgio de alegria, porque ele é bom! Não percamos a oportunidade de congregar com zelo, prestando culto e fortalecendo-nos na comunhão.
Rev. Ericson Martins
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