“Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo” (1 Co 3:1).
Essas foram palavras duras, mas necessárias a uma igreja que, embora enriquecida em conhecimento e dons (1 Co 1:5-7), via suas forças se esvaindo por causa de dissensões constantes.
Dissensões ou partidarismos resultam do individualismo e do egoísmo. Onde o ego é idolatrado, a fé enfraquece, a ponto de tolerar comportamentos carnais para evitar o escândalo da correção.
A Igreja em Corinto nasceu de uma comunidade de crentes que, mesmo após receberem abundante ensino e o pastoreio direto de Paulo por 18 meses (At 18:1-18), insistiam em permanecer imaturos, “como crianças em Cristo.”
Crianças são dependentes, mas em Corinto, adultos se comportavam como tais. Tinham tudo para servir, mas ainda exigiam ser servidos, prejudicando seus relacionamentos com comparações e dissensões.
Infelizmente, ainda hoje há quem trate a fé como um álibi para continuar sendo mimado, mesmo após anos de ensino (Hb 5:11-14). Quando seus interesses são atendidos, agradecem a Deus e elogiam a igreja. Quando não são, questionam a liderança, abandonam a igreja ou a fé.
São crianças birrentas, incapazes de enfrentar dificuldades com maturidade. Esperam ser bajuladas por quem está lutando para resolver os problemas, sobrecarregando ainda mais os que servem. Quando confrontadas, se vitimizam e enfraquecem a unidade com críticas ácidas.
A maturidade em Cristo se revela na coragem de enfrentar as adversidades e dizer: “Não fugirei desta luta.” O cristão maduro resiste ao egoísmo, coopera, ensina conforme o que recebeu e se alegra em unir o que o diabo tenta dividir.
Rev. Ericson Martins
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