Na Ceia do Senhor, mais do que um ritual, há uma enfática proclamação de que o Cordeiro de Deus foi morto (1 Co 11:26). Esse anúncio não é feito apenas para destacar a memória do fato, mas também para testemunhar a vívida centralidade da expiação de Jesus no plano redentor de Deus.
Portanto, o pão e o cálice, quando tomados na Ceia, não são símbolos vazios; são sinais da aliança eterna selada com o sangue de Cristo, o Cordeiro pascal que tira o pecado do mundo (Jo 1:29).
Cada vez que participamos, somos lembrados de que sua morte não foi um fim trágico, mas o início de uma nova vida para todos os que nele creem. Assim, ao partir o pão, recordamos que seu corpo foi moído pelas nossas iniquidades, e, ao beber do cálice, afirmamos a segurança da nossa redenção, pela nova aliança que Jesus estabeleceu com seu sangue vertido na cruz.
Mais que olhar para o passado, a Ceia aponta também para o futuro: “até que ele venha,” proporcionando uma experiência carregada de esperança. Nesse sentido, ecoo as mesmas palavras que ouvi certa vez do meu colega, o Rev. Herley Rocha: “O pão e o cálice são o evangelho visível na Ceia.”
É evidente que, historicamente, vivemos entre a cruz e a glória, entre o já consumado e o ainda por vir. E nessa tensão, o povo de Deus se fortalece, renova a fé e caminha com os olhos fitos no autor e consumador da salvação.
Portanto, proclamar a morte do Cordeiro é confessar que seu sacrifício foi suficiente, que a graça é real e que a vida eterna é uma promessa segura, conforme lemos em 1 Coríntios 11:26. É declarar ao mundo que com ele morremos, mas como ele viveremos (Rm 6:8).
Esta é a verdadeira Páscoa cristã, que sustenta a fé e a vivência dos que creem! Que ela seja celebrada com confiança no Cordeiro de Deus que foi morto, em nada mais além dele.
Rev. Ericson Martins
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