Vivemos em um tempo saturado de informações. Nos referimos a sermões, estudos bíblicos, audiobooks, devocionais, softwares de pesquisa… E toda essa abundância, na língua portuguesa, está disponível a um clique de distância, literalmente. Contudo, não podemos ignorar que a vida cristã não se define pela quantidade de conhecimento que acumulamos, mas pela transformação que esse conhecimento promove em nós. O apóstolo Paulo exortou:
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).
A verdadeira fé não se contenta com a teoria; ela exige prática, entrega e mudança (Tg 1:22-25). Conhecer a Palavra é essencial, mas vivê-la é o que nos identifica com Cristo. Ele não chamou meros ouvintes, mas discípulos dispostos a negar a si mesmos, tomar a sua cruz e segui-lo (Lc 9:23).
Ora, a mente informada é o início, mas o coração rendido é o que permite a obra profunda e contínua da santificação, considerando que não se trata apenas das disciplinas humanas, mas da ação do Espírito Santo. É ele quem convence, guia e capacita, como diz 2 Coríntios 3:18: “Somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”
Além disso, essa transformação tem um propósito maior, porque não fomos salvos apenas para sermos melhores, mas para sermos luz do mundo e sal da terra (Mt 5:13-14).
Convencidos dessa verdade e missão, que todo o nosso conhecimento nos torne mais piedosos, equilibrando a justiça, a misericórdia e a fé em nossas relações, numa experiência de profunda transformação. E que cada passo nessa direção seja guiado pelo propósito de refletir Cristo em tudo. Porque viver para Deus é mais do que saber sobre ele, é ser continuamente moldado por ele.
Rev. Ericson Martins
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