Sou admirador de vários aspectos da cultura nordestina e acompanho canais de pescadores amadores. Há um adágio que sempre ouço, que diz: “Quem anda com porcos, farelo come.” Ele enfatiza que a convivência constante com pessoas de maus hábitos ou condutas duvidosas tende a nos influenciar negativamente.
Todos nós sentimos, em alguma medida, a força do ambiente que vivemos, porque relacionamentos não são neutros e não somos isentos. Por isso, nossas amizades têm o poder de moldar o nosso modo de viver e as nossas escolhas.
A Bíblia afirma com clareza que caminhar ao lado de pessoas sábias pode nos tornar sábios, enquanto a proximidade constante de quem despreza a prudência nos influencia a ser igualmente espiritualmente frios, biblicamente imaturos, emocionalmente insensíveis e arrogantes em nossos relacionamentos. Não foi à toa que o apóstolo Paulo alertou que “as más conversações corrompem os bons costumes” (1Co 15:33). A Escritura é clara ao chamar a nossa atenção para o fato de que andamos com quem nos identificamos ou com quem desejamos nos identificar.
Por isso, vale perguntar, com honestidade, quem temos permitido influenciar o nosso modo de ver e interpretar fatos e pessoas. Estamos permitindo que conselhos apressados e impiedosos definam nossas decisões ou temos buscado caminhar com pessoas que temem a Deus, amam a verdade e nos ensinam a ser mais quebrantados de coração?
A sabedoria bíblica nos chama a estabelecer critérios, a discernir quem realmente edifica, a fugir da ingenuidade de pensar que más influências não causarão efeito, porque essa responsabilidade é pessoal e intransferível.
“Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau” (Pv 13:20).
Concluo com um convite direto: reavaliemos nossas amizades, não para afastar pessoas com arrogância, mas para guardar a nossa fé com zelo e o nosso temor ao Senhor. Escolhamos caminhar com quem nos aproxima de Cristo, porque as sementes que plantamos hoje resultarão na colheita que faremos amanhã.
Que o Senhor, em sua graça, nos dê discernimento para escolher bem as nossas amizades.
Rev. Ericson Martins

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