É provável que não haja outra data em que as pessoas mais reflitam sobre o futuro do que o dia 31 de dezembro. Cada um reage de um modo, seja arranjando badulaques movidos por crendices populares, ignorando e tratando a data como uma qualquer, rendendo-se a cerimônias religiosas com reverência, na expectativa de obter bênçãos da parte de Deus, ou simplesmente aproveitando a ocasião para festas excessivas.
Apesar destas e de outras reações tão distintas, se há algo que une todas elas é o tempo. O tempo passa para todos e, para a frustração de muitos, a vida no dia 31 de dezembro continua na mesma condição no dia primeiro de janeiro.
Nossas agendas se tornam desatualizadas, mas as responsabilidades continuam as mesmas, na família, nos estudos, na profissão, na religião etc. Pode até parecer desanimador ou pessimista, mas nada é melhor para a saúde mental do que a realidade, em contraste com a fantasia que se cria em torno de determinadas datas, como a do final de ano.
Não queremos, com isto, “jogar um balde de água fria” na empolgação que resulta em tantas confraternizações alegres e legítimas, além de cultos nos quais o povo de Deus oferece ações de graças, apelos e confissões sinceras. Apenas ressaltamos que a vida continua, porque o tempo não desacelera e não para. Por isso, nenhum voto precipitado ou mandinga de final de ano pode substituir o dever de todo homem de se arrepender dos seus maus caminhos e viver pela fé em Jesus Cristo, atendendo a cada uma das suas intransferíveis responsabilidades com consciência e prontidão.
Sendo assim, a passagem de um ano para outro é a virada de uma página para outra, onde lemos a mesma verdade de que precisamos andar em obediência diária, confiando na graça suficiente de Cristo, que sustenta hoje, amanhã e em todo o tempo.
Rev. Ericson Martins

0 comentários: