Como nos prevenir dos stalkers


A palavra “stalker”, de origem inglesa, significa “perseguidor” e refere-se a alguém que está à espreita, esperando que algo aconteça para arruinar a reputação de uma pessoa por meio de suspeitas, acusações ou difamações. A ideia é a mesma de alguém que vigia a vida alheia e alimenta redes de fofocas.

Sua relevância ganhou maior destaque devido à prática obsessiva de fotógrafos na década de 1980, que perseguiam celebridades e violavam o direito à liberdade e à privacidade individual. Quem não se lembra de Diana Spencer, a princesa de Gales, morta tragicamente em um acidente automobilístico no final da década de 1990 enquanto fugia de paparazzi?

Essa prática assumiu novos métodos e aumentou consideravelmente com o advento das redes sociais e a frenética exposição pública de opiniões e experiências estritamente particulares, tornando-as acessíveis a pessoas emocionalmente mal resolvidas, que possuem uma necessidade obsessiva de monitorar tudo o que os outros estão fazendo, falando, comendo, onde estão passeando e até com quem estão.

É inegável que as redes sociais facilitaram incrivelmente a comunicação, a um custo quase “zero”, permitindo interagir com pessoas de confiança, como familiares e amigos próximos. Aliás, são uma ótima ferramenta para propagar o Evangelho de Jesus Cristo e mobilizar pessoas para atividades comprometidas com esse propósito.

No entanto, também é importante considerar que grande parte dos “amigos” nas redes sociais não são, de fato, amigos, mas apenas pessoas interessadas em acompanhar publicações em busca de informações, nem sempre com intenções construtivas.

Seríamos demasiadamente ingênuos se pensássemos que todos estão em busca apenas de conteúdos edificantes! Por essa razão, devemos prestar atenção a tudo o que publicamos, pois palavras e imagens servem tanto para atender aos que nos admiram e querem o nosso bem quanto para instrumentalizar a malícia daqueles que anseiam arruinar nossa reputação.

Portanto, é imprescindível considerar os seguintes cuidados:

01) Antes de qualquer publicação, examine o propósito, a necessidade, o interesse público e a provável repercussão. Talvez, rapidamente, você chegue à conclusão de que não há a mínima razoabilidade para qualquer manifestação.

02) Não use as redes sociais para ofender, direta ou indiretamente. Problemas pessoais devem ser tratados pessoalmente, nunca publicamente. Se não há coragem para tratá-los pessoalmente, não deve haver nas redes sociais, onde isso apenas demonstrará leviandade e baixa credibilidade moral.

03) Atualmente, as redes sociais são analisadas por empresas para definir o perfil de personalidade e conduta de aspirantes a uma vaga de emprego e até mesmo de funcionários já contratados. Determinados excessos de exposição e vaidade podem comprometer sua relação profissional.

04) Muitos stalkers criam perfis anônimos ou utilizam perfis de terceiros, como de cônjuges e filhos, para não serem identificados e perseguirem incansavelmente seus rastros, em busca de uma única publicação que lhes permita caluniar, vingar-se ou até mesmo transferir a responsabilidade por uma culpa pessoal.

05) Jamais minta sobre o que acredita e sobre quem é, ostentando falsas impressões sobre si mesmo. Isso apenas o afasta da realidade e cultiva relacionamentos fúteis.

06) A liberdade que você tem para fazer uma publicação é a mesma que autoriza as pessoas a comentarem, seja para elogiar ou criticar. Contudo, evite reagir imediatamente, respondendo a todos e potencializando polêmicas ou debates intermináveis nas redes sociais.

07) Evite, em todas as circunstâncias, expor excessivamente vídeos e fotos pessoais, bem como indicar sua localização, o que está fazendo e com quem está. Essas informações podem ser facilmente usadas por criminosos digitais para múltiplos propósitos, tornando sua segurança vulnerável.

08) Lembre-se: os stalkers estão de olho em você! Não forneça munição aos que estão determinados a prejudicá-lo e ainda sentem prazer nisso, pois não têm interesse em corrigir seus próprios desequilíbrios!

Rev. Ericson Martins
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