Comunhão cristã e os seus efeitos


[1] Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. [2] Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. [3] Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. [4] Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. [5] Porque cada um levará o seu próprio fardo - Gálatas 6:1-5

Introdução:

Neste texto Paulo continua sua argumentação do capítulo 5, sobre como a Igreja cumpre a lei, mas a lei de Cristo: relacionando-se uns com os outros, pelas virtudes do Espírito (5:23-25). Quando uma pessoa deixa de “cumprir” esta lei (5:26 cf. 5:15), torna-se urgente a comunhão cristã, que é eficaz para fortalecê-la.

Como esta comunhão pode ser útil assim?


1. Cuidando uns dos outros (v. 1-2).

A comunhão é um acordo de pensamento, de fé, mas também de relacionamento. Por isto, os interesses pessoais, inclinados pela “carne”, podem corromper a comunhão da igreja (5:26). A resposta a esta situação, indicada por Paulo, é: “Levai as cargas uns dos outros” (6:2). Esta é uma responsabilidade coletiva. Relacionar uns com os outros, com base nas virtudes do Espírito, tem o poder de proteger, de fortalecer, de corrigir as faltas, e fechar as “brechas”. 

Santidade é “andar no Espírito” (5:16), ser “guiado pelo Espírito” (5:18) e “viver no Espírito” (5:25), e abstendo-se assim, a cada dia mais, das obras da carne (5:19-21). Esta experiência não se vive só, sem o auxílio de outros, pois há uma forte oposição da natureza humana, em cada indivíduo, contra esta santidade. Por vezes, a tentação para o pecado é mais forte que o querer fazer o bem (5:17).

Todos nós necessitamos de cuidados pastorais uns dos outros.


2. Cuidando de si mesmo (v. 1 e 3-5).

Paulo recomenda que a igreja, como coletivo de crentes, deve cuidar uns dos outros, especialmente daqueles que são surpreendidos nalguma falta. Mas também recomendou aos mais maduros, os quais são chamados de “espirituais”: “... e guarda-te para que não sejas também tentado” (6:1). No verso anterior, ele exortou para que não se deixassem “possuir de vanglória, provocando uns aos outros” (5:26).

Todos os crentes em Cristo são carentes de cuidados espirituais constantes. Não apenas aquele que é surpreendido nalguma falta, mas especialmente aquele que é “espiritual”. Por causa da sua maturidade espiritual, e por ter maiores condições para cuidar de outros, este deve “guardar-se” para não ser tentado pelo falso conceito de honra ou reconhecimento (“vanglória”). Paulo adverte: “Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana” (6:3).

A responsabilidade do líder espiritual é destacada por Paulo. Ele também necessita ser cuidado, porque também está sujeito às mesmas tentações. Ele deve observar cuidadosamente os seus passos para não cair nas ciladas da sua própria carne, “porque cada um levará o seu próprio fardo” (6:5).


Conclusão: 

Este texto faz parte das provas clássicas para a assim chamada disciplina eclesial, entendida como uma ação oficial da igreja. No entanto, ele também diz respeito a situações muito aquém desses momentos culminantes, que podem ajudar a evitá-los. O texto confirma que a comunhão cristã, demonstrada por relacionamentos,  promove o crescimento espiritual no cotidiano na igreja.

Com amor,
Ericson Martins
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