Judas Iscariotes foi um dos discípulos de Jesus, com quem andou por três anos, partilhando experiências tensas e maravilhosas. Ele testemunhou ensinos e milagres em número que nem todos tiveram o privilégio de presenciar. A aproximação diária com Jesus lhe rendeu certezas sobre sua integridade humana e divina, que jamais poderiam ser contestadas.
Contudo, Judas amou o dinheiro mais do que a Jesus (Jo 12:6; Mt 26:15), não creu que ele era o Cristo (Jo 6:64-71), com mentiras tornou-se seu acusador (Jo 6:70-71), entregou-se à influência de Satanás (Lc 22:3; Jo 13:27) e sua traição confirmou o que as Escrituras haviam advertido (Sl 41:9; Jo 13:18), sendo um discípulo por fora, mas um traidor por dentro.
Todo esse histórico prova que é possível dizer-se seguidor de Jesus, mas seguir doutrinas errôneas sobre quem ele é, dar crédito a acusações injustas contra ele, entregar-se à ganância pelo dinheiro e sujeitar-se à falsa religião que serve ao plano de Satanás, tudo em rota para a própria perdição.
Entretanto, mesmo que, na Igreja e fora dela, haja muitos que não são crentes em Cristo, há esperança em sua justificação, porque o grande amor de Deus, provado pelo sacrifício expiatório de seu único Filho na cruz, neste tempo que resta à humanidade, ainda ecoa o chamado para que todos confessem seus pecados e se arrependam deles, crendo em Jesus Cristo para sua salvação.
Nenhum homem é inocente ao afirmar que só faz o bem (Rm 3:10-12), enquanto sua natureza permanece corrompida pelo pecado, tornando-o indigno da vida eterna com Deus. Por essa razão, todos precisam da graça que só Deus pode dar, se revelando na criação, na consciência e nas Escrituras (Rm 1:18-21, 2:14-16). Todos os homens são indesculpáveis por si mesmos! Por isso, Deus ainda os chama ao arrependimento!
O perdão está em Deus, e ele leva em conta a satisfação de sua justiça, cumprida por Cristo, a quem devemos seguir pela verdadeira fé e pelas coerentes obras que a evidenciam.
Rev. Ericson Martins
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