A fonte da Teologia da Prosperidade

 


“Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mt 4:9)

Estas palavras foram proferidas pelo “diabo” (falso, malicioso). Sua proposta foi a de convencer Jesus a trair sua identidade e lealdade ao Pai, em troca de satisfações terrenas e temporais.

Ele sabia que Jesus era o Filho amado de Deus (Mt 3:17), ainda assim o tentou, porque não respeita a doutrina crida e professada, até que haja resistência das suas provocações, à proposta de se curvar ao que é pífio, trocando a abundância da comunhão com Deus para se apegar às migalhas deste mundo.

A Teologia da Prosperidade, tendo como fonte a doutrina de demônios, é antiga e, assumindo diferentes modos de aparência ao longo da história, falsamente afirma que conquistas terrenas refletem ou são causa de conquistas celestiais para, no fim, curvar seus seguidores a humilhante vida de ilusões, falsas esperanças e frustrações. Em desprezo do caráter e graça divinas, os faz acreditar que seus esforços são determinantes para obter a aprovação de Deus.

Jesus não prometeu que seus seguidores, neste mundo, seriam prósperos em projetos e conquistas materiais, pelo contrário, recomendou que negassem as suas próprias ambições e assumissem, cada um, a sua cruz para segui-lo (Mt 16:24-26), porque o caminho para o céu seria percorrido pela fé, em meio a tentações de negá-la, com humilhações, perseguições e morte por amor do seu nome.

O verdadeiro evangelho prega que devemos resistir a idolatria, resistindo nossas ambições terrenas, como fontes de satisfação e segurança pessoais, por crermos, afirmarmos e perseverarmos na verdade de que o Senhor é o nosso Deus e somente a ele prestamos a nossa adoração, e somente a ele damos culto (Mt 4:10).


Rev. Ericson Martins

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