Amemos a Igreja!

 

“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25)

Nesta passagem, Paulo instrui os maridos sobre o amor sacrificial que devem nutrir por suas esposas, tomando como base o mais alto exemplo: o de Cristo por sua igreja. Nele percebemos a essência do seu compromisso, pois não apenas sentiu amor pela igreja, mas se entregou voluntariamente por ela, com todo o custo que isso envolvia. Notemos que Paulo não se referiu a um amor sentimental, mas a um amor prático, santo e disposto a sofrer pelo bem de todos os eleitos e redimidos, de todos os tempos.

A igreja, portanto, é profundamente amada por Cristo. Essa verdade confronta o crescente número de cristãos que, decepcionados com escândalos morais de alguns líderes e com a corrupção doutrinária difunda por eles, abandonaram a comunhão local. Essa dor é real e precisa ser ouvida com humildade, mas jamais pode justificar o desprezo e o abandono radicais da igreja, pois ela continua sendo o corpo de Cristo (Ef 1:23), ainda que desacatada por alguns que deveriam ser “padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1Tm 4:12), assim cuidando do rebanho de Deus (At 20:28).

A tentação de viver uma fé individualizada, sem envolvimento com uma igreja local, é sutil. Tentação é toda inclinação ou estímulo, externo ou interno, que nos seduz a desviar da vontade de Deus. Hoje, ela muitas vezes se apresenta sob a forma de uma “espiritualidade alternativa”, que promete liberdade sem compromisso, mas o amor de Cristo não é apenas por indivíduos, é pela comunidade visível e reunida (Sl 133; Jr 31:1-3).

Diante disso, todos nós, cristãos, precisamos assumir a nossa responsabilidade de cuidar da igreja. Não como espectadores ou meros frequentadores indiferentes, mas como parte viva do corpo. Amar a igreja é amar o que Cristo ama. Cuidar dela é agir com zelo moral, participar com fidelidade, orar pelos seus líderes e lutar por sua pureza e santidade. Não com crítica destrutiva, mas com inegável compromisso de cooperar com a sua edificação.

Cristo não desistiu da igreja. Que nós também não desistamos.

Rev. Ericson Martins

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