Paulo, o notável apóstolo, não hesitou em pedir: “Irmãos, orai por nós” (1 Ts 5:25). Ele sabia que o ministério só floresce quando é sustentado pela graça de Deus e pelas orações da Igreja (Ef 6:18-20). Essa verdade não mudou. Se ele precisava de intercessores, quanto mais os pastores de hoje!
Atrás do púlpito, além das palavras inspiradas e das orações fervorosas, há um ser humano. Um homem chamado por Deus, mas ainda sujeito a dores, cansaço e lutas como todos nós. Nosso pastor não é de ferro.
Vivemos dias em que se espera dos líderes eclesiásticos uma fé sem falhas e uma força incansável, mas esquecemos que homens como Elias enfrentaram o esgotamento (1 Rs 19). Até Jesus, em sua humanidade, chorou, se angustiou e buscou apoio em oração (Mt 26:38). Se o Mestre passou por isso, por que não o servo?
O pastor carrega fardos invisíveis, enfrenta batalhas silenciosas e muitas vezes é o último a ser lembrado. Ele aconselha, consola, prega a esperança… enquanto pode estar lutando contra suas próprias tempestades.
Cuidar do pastor é um ato cristão. O tratemos com apreço e o tenhamos com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realiza (1 Ts 5:12). Oremos por ele, encorajemo-lo com palavras sinceras, sejamos solidários às suas necessidades. Um gesto simples pode renovar forças e reacender o ânimo.
Como corpo de Cristo, somos chamados a levar os fardos uns dos outros (Gl 6:2). Isso inclui aquele que nos serve com fidelidade domingo após domingo. Não esperemos que ele peça ajuda. Sejamos intencionais em cuidar de quem cuida de nós.
Antes de ser pastor, ele é filho, marido, pai, amigo… humano. E como todos, precisa de graça, descanso e cuidado. Atrás do púlpito, há alguém que serve, mas que também precisa ser servido. Isso também é ser Igreja.
Rev. Ericson Martins
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