Você já deve ter ouvido por aí a afirmação de que “Deus nunca vai deixar que você veja ou sonhe algo que não possa lhe dar” e “se permitiu que você visse, tocasse, sentisse, abraçasse e experimentasse, é porque tem o poder de colocar isso em suas mãos”.
Então… essas palavras podem aquecer corações determinados contra a frieza do pessimismo, impulsionar a esperança diante do cerco das necessidades básicas e, por que não mencionar, dos interesses relacionados a bens que facilitam a vida e proporcionam prazer?
Muitos pregadores dão grande valor a levar palavras de conforto e ânimo às suas audiências, mesmo quando essas palavras se desviam da sã doutrina diante de uma análise bíblica crítica desatenta. E não faltam boas intenções aparentes!
Mais alinhadas com os resultados do que com os meios, certas audiências também buscam nessas pregações e nesses pregadores um alívio para suas fadigas, frustrações e impotências em meio a rotinas exaustivas, pois já não suportam mais as experiências insalubres da vida.
Contudo, é indispensável que o verdadeiro cristão reconheça a realidade de que falsos mestres, ou seja, falsos pregadores, existem desde os primórdios do povo de Deus, como adversários da verdade.
"Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos" (Mt 24:10-11).
Eles não procedem de Deus e, portanto, não falam em seu nome. Por isso, suas mensagens não se limitam à Palavra de Deus, ainda que haja nelas alguns trechos esparsos, quando não atribuem interpretações alegóricas ao que está escrito.
Desde o princípio, foi assim que a serpente agiu e falou, enganando a mulher e convencendo o homem a cair, quando ambos viram o fruto e desejaram aquilo que Deus havia proibido.
A teologia da prosperidade faz o mesmo: provoca estímulos emocionais biblicamente inconsequentes, cria falsas expectativas e ensina concepções equivocadas sobre Deus, enquanto seus pregadores escondem suas misérias e ostentam os frutos da mentira!
Rev. Ericson Martins
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