Deus e as tempestades

 


Em geral, os problemas que enfrentamos na jornada da vida são vistos apenas como obstáculos. Raramente consideramos que, em algumas circunstâncias, eles podem ser soluções.

Em 2023, a SpaceX lançou o primeiro voo do Starship, mas o teste terminou em explosão. Apesar disso, a equipe técnica comemorou, o que intrigou muitas pessoas. No entanto, algumas das razões para essa reação foram surpreendentes.

A SpaceX considera que as falhas são parte do processo de aprendizado. Sendo assim, a empresa encarou o evento, aparentemente desastroso, como uma oportunidade para corrigir erros e aprimorar as próximas experiências nessa missão revolucionária para a indústria e a exploração espacial.

Os problemas são inevitáveis, e a maneira como os enfrentamos pode ser determinante para o nosso crescimento pessoal, seja fortalecendo nossa confiança no Senhor, seja nos santificando ao nos afastarmos do pecado da rebeldia.

Os discípulos de Jesus estavam navegando no mar da Galileia quando foram surpreendidos por uma forte tempestade, a ponto de pensarem que morreriam naufragados. Entretanto, a bordo com eles, Jesus exerceu autoridade sobre os ventos e as águas, acalmando a tempestade e provocando grande temor em seus corações (Mt 8:23-27).

Contudo, há outra história bíblica na qual “o Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade” para corrigir o coração e a direção do profeta Jonas, que havia escolhido desobedecer a Deus (Jn 1:1-17).

Ele não foi poupado das tempestades, como aconteceu com os discípulos de Jesus, mas lançado ao mar no momento em que as águas se tornaram ainda mais violentas (Jn 1:12-13).

E por quê? Porque as “tempestades” podem ser úteis, sob o governo de Deus, para confrontar a rebeldia do coração, corrigindo a maneira como o homem enxerga a si mesmo, tornando-o mais sensível à voz de Deus e mais humilde em suas relações com os outros.

Sem dúvida, Deus nos livra de tempestades, mas também pode usá-las para fortalecer nossa fé em Jesus Cristo, aquele a quem “até os ventos e o mar obedecem”.

Rev. Ericson Martins

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