Não demora muito e os jovens começam a manifestar interesse de namorar. E este interesse é genuíno, expressa saúde emocional e uma fase natural da vida, a de se casar e multiplicar.
Contudo, sem dúvida, esta decisão está entre as mais importantes da vida, pois o resultado pode tanto honrá-la quanto levá-la a patamares de desonra e infelicidades. E por quê? Porque o fardo das responsabilidades individuais é “pesado,” mas a carga da vida conjugal e familiar mais ainda, sendo compensada ou não, dependendo da pessoa com que se une.
Deve ser considerado ainda o fato de que a Palavra de Deus continua sendo a verdade atemporal e supra cultural, não sujeita às pressões seculares de uma sociedade moralmente corrupta. Ela, portanto, deve estar à frente de qualquer sentimento, interesse e decisão a ser tomada, para aqueles que professam a verdadeira fé.
No mundo o casamento está sofrendo severo ataque contra seus fundamentos bíblicos, propositivos e morais, como resultado, testemunhamos cada vez mais jovens se entregando a relacionamentos levianos e promíscuos, além de casamentos interrompidos pela dureza de coração.
Neste cenário os cristãos são chamados para brilhar! O exemplo de Jacó, que amou e desejou se casar com Raquel, desde o primeiro encontro, serve como uma referência para esta geração. Ele quis provar seu interesse por Raquel trabalhando de graça para o pai dela (Labão), durante sete anos, a fim de conquistar a autorização para recebê-la como esposa (Gn 29:1-20). O propósito e o compromisso de Jacó neste tempo foram mantidos com tanta determinação que, embora aparentemente longo, “pareceram poucos dias, pelo muito que a amava” (v. 20). Aí temos um dos primeiros significados do namoro: tempo de preparação e castidade, por um compromisso maior: casamento!
A partir deste entendimento bíblico, alguns princípios precisam ser considerados por aqueles cristãos que amam a Deus e respeitam os seus preceitos.
01) Tenha um plano claro
Na Bíblia não encontramos base para o namoro, como conceituado pelo mundo, mas para noivado, ou seja, um tempo de preparo para o casamento. O namoro pode ser adotado com conceito de noivado, mas nunca como um tempo de afetos levianos e descomprometidos. É imprescindível que o namoro (noivado) inicie com o claro e detalhado plano de casamento. Do contrário, não hesite terminar o que não começou, para não começar o que terminará te fazendo perder tempo com um relacionamento superficial e vão.
02) Confirme a vontade de Deus
O namoro não é para buscar conhecer a vontade de Deus, mas para confirmá-la. Isto significa que, antes de assumir um namoro, é preciso observar e atender critérios bíblicos, amadurecer sentimentos, conhecer a personalidade e procedência familiar, sua trajetória de vida, real caráter moral, etc. Os que não procedem assim, seguem paixões passageiras e, perdidos, acabam criando um rastro de feridas e relacionamentos mal-sucedidos, provando imprudência para com questões profundamente sérias.
03) Somente no Senhor
É dever do cristão casar somente no Senhor (1 Co 7:39, 2 Co 6:14), ou seja, com aquele que é notoriamente fiel a Deus. O namoro não dá poder para “salvar” a parte descrente (1 Co 7:17) e a evangelização não é razão para desafiar a instrução de Deus. A união entre um homem e uma mulher envolve a união de diversas responsabilidades e, a principal delas, é a união da fé e do propósito de viver em obediência a Deus, sem as quais as demais tendem a se divorciar com o tempo.
04) Obedeça seus pais
Os pais eram e são os responsáveis pela castidade e o casamento dos seus filhos, por causa do pacto familiar (Dt 22:13-24). A maioridade civil não significa autonomia para desprezar a autoridade dos pais, mas para assumir certas responsabilidades a parte deles. Também, a Bíblia ensina que os filhos estão sob aliança dos pais, até quando se casam e estabelecem uma aliança superior, a do casamento (Gn 2:24). Portanto, a decisão de se casar necessita do consentimento e da bênção dos pais.
Rev. Ericson Martins
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