Pequenos Grupos e o Desafio do Crescimento Pessoal


          A Igreja é o instrumento de Deus para a propagação mundial do evangelho. Como Deus formou a Israel e no Antigo Testamento o constituiu como Seu representante, assim formou a Igreja para continuar a tarefa iniciada pelos hebreus. Ela representa o corpo de Cristo – organismo vivo que Deus levantou para realizar os Seus propósitos. 

          A Igreja primitiva, por conseguinte, estava ciente da visão missionária universal. Apesar das perseguições, nossos primeiros irmãos obedeceram piamente ao “ide” de Jesus. Os textos de Atos 2:42-47 e 4:32-53 juntos se completam e mostram o começo da igreja de Jerusalém. Era uma igreja que se caracterizava pela comunhão, sinais sobrenaturais, solidariedade, testemunho e pelo poder atuante do Espírito Santo na vida dos discípulos com relação às necessidades uns dos outros. Tais características são indispensáveis na vida da Igreja em todas as eras e em todos os lugares. 

          O contexto filosófico tem mudado rapidamente, provocando reações nos relacionamentos. Ao mesmo tempo em que distancia os outros de suas intimidades, tem tornado as pessoas mais carentes, solitárias e viciados a uma rotina neutralizadora de seus potenciais. Os princípios que testemunhamos na vida da Igreja em Jerusalém têm sido enfaticamente lembrados nos últimos anos como um protesto contra a sequidão individual dos crentes. Igrejas em várias partes têm experimentado crescimentos surpreendentes só pela tentativa de se aproximar da realidade da igreja primitiva. Este efeito é natural pela sincera intenção de servir a Deus vencendo o marasmo, pela ousadia empreendida em substituir a metodologia pelo estilo de vida, pela atenção no ser-humano mais do que em seus talentos, pela coragem de contribuir com o que tem para ver o Reino expandir.

          Debaixo de uma forte pressão político-religiosa que não conhecemos no contexto brasileiro, a igreja naquela época passou a se reunir no anonimato dos lares e silenciosamente agregava a cada dia mais fiéis. Os lares passaram a ser o reduto de conforto, liberdade, encorajamento e mútua solidariedade. Cresceu sem se sentir sufocada por regras porque o instinto pela sobrevivência espiritual latejava na alma de cada crente. Esta experiência particular e única da igreja primitiva nos encoraja ao mesmo tempo em que nos desafia a experimentar um crescimento ainda maior : 1) pelo nível de consciência da fé e vocação que possuímos como resultado das experiências, testemunhos e ministrações bíblicas; 2) pela liberdade de expressão de fé numa sociedade organizadamente acessível a todas as estratégias de crescimento eclesiástico e fraterno e 3) pela estrutura literária disponível para alinhar os impulsos do crescimento à sensibilidade bíblica e cultural.

          Uma convicção é certa : é tempo de crescimento. Este crescimento pode se iniciar dentro dos lares restaurando os relacionamentos familiares e vivenciando as ações do Espírito Santo na qualidade íntima de quem está disposto a receber novos cristãos e até aqueles que ainda não se entregaram a Cristo. O lar é o melhor lugar que podemos estar. É o melhor lugar para compartilhar a graça em ambiente de amizade.

          Quando vivi em Atlanta-GA EUA para ajudar uma igreja na sua edificação, decidi cooperar com o princípio de Grupos Pequenos, e no período de preparação destaquei 30 motivos para investir a igreja nesta direção. Quero compartilhar estas mesmas vantagens com a expectativa de encorajá-lo (a) para, de forma ainda mais eficiente, participar e cooperar com a expansão dos grupos pela edificação, comunhão, adoração e evangelização :

1) As reuniões são próximas de sua residência, 2) chance de conhecer seu irmão de fé, 3) incentivo a solidariedade humana, 4) liderança descentralizada facilitando o dinamismo da igreja, 5) descobrindo juntos soluções para os problemas, 6) alegria sobre os novos convertidos entrando no grupo, 7) crescimento pessoal na mutualidade, 8) exercício de oração e oportunidade a todos, 9) prática de dons e talentos, 10) receber orações e orar pelos outros, 11) estudar juntos a bíblia, 12) aprender a dar testemunho, 13) economia de dinheiro, 14) vitória sobre a timidez, 15) sorrir e chorar juntos, 16) melhor comunicação da igreja, 17) todos visitados pela liderança, 18) socorro bem presente e rápido,19) sua falta é notada, 20) participação em festas familiares, 21) o amor cresce e aparece, 22) você é percebido e mais valorizado como membro, 23) suas opiniões e sugestões são ouvidas e analisadas, 24) a liderança se informa de suas necessidades, 25) seus talentos são descobertos naturalmente, 26) as amizades se solidificam, 27) participação e esclarecimentos de temas polêmicos, 28) comprometimento com o discipulado, 29) Comprometimento evangelístico, 30) Alcance fragmentado, crescimento rápido.

          A experiência da Igreja primitiva ensina que o crescimento da igreja é medido pelo crescimento individual de cada crente. Invista em sua vocação. 

          Com todo meu carinho,


Ericson Martins
contato@projetoperu.com





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