“Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio...” (Ec 7:8).
A sabedoria bíblica nos lembra que não basta começar bem, é necessário também terminar de forma íntegra e fiel. No livro de Eclesiastes, Salomão destaca que o valor de uma jornada é avaliado não apenas pelo entusiasmo do início, mas sobretudo pela firmeza e humildade demonstradas no fim. O início pode ser marcado por boas intenções e empolgação, mas é no processo e, principalmente, nos bastidores do fim que se revela o verdadeiro caráter.
Ao longo da vida, somos testados em diversos ciclos, sejam eles relacionamentos ou projetos pessoais. No início de todos eles, muitas vezes, cedemos à pressa e à ansiedade pelo imediato, mas a maturidade exige paciência e constância. O apóstolo Paulo, por exemplo, nos exorta a não nos cansarmos de fazer o bem, “porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gl 6:9). Terminar bem exige confiança em Deus, bem como coerência entre o que falamos e fazemos no privado e no público.
A vida cristã não é uma corrida de velocidade, mas de resistência. Por isso, Jesus ensinou a perseverar até o fim (Mt 24:13). Esse é um chamado para permanecermos firmes, mesmo quando os finais parecem mais difíceis do que os começos. A pressão das perdas, das mudanças ou das despedidas pode nos tentar a relativizar o que ensinamos e aprendemos, mas é nesses momentos que se confirma o caráter que glorifica a Deus.
O apóstolo Paulo também afirmou: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4:7). Não há maior testemunho do que concluir guardando aquilo que realmente importa. Assim, cada ciclo encerrado com fidelidade torna-se uma oferta gloriosa a Deus, como Cristo o fez na horrenda cruz.
Que vivamos não apenas pelo entusiasmo do começo, mas também de concluir exemplarmente, sabendo que os finais revelam o propósito e a beleza de verdadeiramente seguir a Cristo pelo caminho.
Rev. Ericson Martins
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