Todos nós precisamos de mudanças. Geralmente elas estimulam o progresso pessoal e revigoram a espiritualidade, quando orientadas e realizadas de modo bíblico. Se não todos, quase todos anseiam por elas. Boas ou ruins, são sempre resultado de escolhas pessoais ou de outros. Portanto, é claro, são inevitáveis. Cedo ou tarde teremos que lidar com mudanças, quer na vida pessoal ou na vida dos que estão a nossa volta, fortalecendo áreas enfraquecidas, corrigindo faltas ou apenas nos prevenindo delas.
Por exemplo, no âmbito profissional, quem não se atualiza, corre grande risco de perder inesperadamente o emprego, por falta de interesse em aprimorar suas funções ou por não perceber o quanto as pessoas estão sendo negativamente afetadas por seu desânimo, medo e acomodação. O mesmo ocorre nos estudos, negócios financeiros e outras legítimas ambições pessoais. Também, quanto a igrejas que se inclinam a um tradicionalismo exagerado, rotinas viciadas, falta de propósitos missionários claros e o pior, quando insistem em manter tudo como sempre foi, apenas evitando a dor e o trabalho que as mudanças necessárias exigem. Igualmente, famílias são submetidas a fortes crises quando um cônjuge, irmão ou irmã, evita mudar, insistindo a permanecer como está, ignorando faltas no relacionamento e preservando decisões erradas, agindo como sempre agiu.
Mudanças são necessárias, sobretudo, quando o pecado é a causa da perda de comunhão com Deus e com a Igreja. Quando, seduzidos por ele, negligenciamos a vida de oração, leitura bíblica, serviço cristão e o amor pelos membros da família. Quando por causa dele já não percebemos quanta alegria e progresso perdemos enquanto evitamos mudanças.
Em Deuteronômio 1:6 a 8 lemos: “O Senhor, nosso Deus, nos falou em Horebe, dizendo: Tempo bastante haveis estado neste monte. Voltai-vos e parti [...]; entrai e possuí a terra que o Senhor, com juramento, deu a vossos pais, Abraão, Isaque e Jacó, a eles e à sua descendência depois deles.” Essas foram as primeiras palavras de Deus, através de Moisés, ao povo que se encontrava acampado ao pé do Monte Sinai, na região de Horebe (Êx 17:6, 19:1-2), logo após a saída do Egito. Foi necessário que aguardasse ali, enquanto Deus falava com Moisés. Quando esse propósito foi cumprido, Moisés se dirigiu ao povo e transmitiu a ordem para seguir em frente e possuir a terra prometida (Dt 1:7).
A sintaxe hebraica enfatiza “o Senhor, nosso Deus,” lembrando a relação pactual de Deus com Israel e a garantia dos privilégios que ela favorecia, mas, também, as responsabilidades requeridas do povo (“Voltai-vos e parti [...]; entrai e possuí”). Deus prometeu livrar o povo da escravidão do Egito, sustentá-lo durante a peregrinação e fazê-lo possuir uma terra boa para se viver, onde só havia deserto. O povo não poderia parar e se manter acampado pelo caminho, mas avançar na direção que havia recebido.
As mudanças de um lugar a outro, entre desmontar e estender acampamentos, entre noites e dias, entre o frio e calor, eram parte de um quadro maior, de um plano excelente que só poderia ser contemplado pela confiança no Senhor, nosso Deus. Se manter ao pé do monte seria o princípio de uma vida no deserto, quando Deus havia planejado uma vida em terra fértil. Por isso, mudanças foram inevitáveis e necessárias, e ainda são!
Rev. Ericson Martins
Glória a Deus! Palavra abençoada! Que o Senhor nos direcione nas muitas mudanças que enfrentamos e nos desafiam constantemente.
ResponderExcluirEDIFICANTE !!
ResponderExcluirEDIFICANTE !!
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