"Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tg 2:26)
Uma das maiores tragédias da Igreja sempre foi resultado de pessoas que professam Cristo como seu Salvador, mas não vivem de acordo com Seus ensinos. O professam e são batizadas, confirmadas e recebidas como membros da Igreja, mas insistem num estilo de vida semelhante aos que não temem a Deus. Não vivem vidas puras e justas. Têm uma fé genuína? Esta é a discussão nesta passagem (v. 26).
Ela está relacionada com o exemplo de Raabe (v. 25), a prostituta que creu na promessa de Deus e acolheu os espias enviados por Josué à Jericó e os livrou dos seus inimigos (Js 2). Mas por que mencionar Raabe e não terminar o assunto com Abraão (v. 21-24), quando ele foi claramente demonstrado no exemplo de Abraão: uma fé viva prova-se nas obras. Porque ela era uma prostituta, considerada a mais baixa categoria da sociedade. O "ponto" é que até mesmo as mais "pequenas" e desprezadas pessoas que afirmam acreditar em Deus devem demonstrar sua fé em Cristo através das boas obras (obediência). De um extremo ao outro não há distinção, não importa se é hebreu (Abraão) ou gentia (Raabe), todos os que creem têm o mesmo dever viver em conformidade com a Palavra de Deus.
A razão desse argumento é ilustrada pela relação entre o corpo e o espírito. Sem o espírito, ou a "respiração" (gr. pneumatos), o corpo morre, ou seja, sem o exercício das obras, a fé é considerada morta, estéril, inútil. A verdadeira exige ações que a expõe incontestavelmente, contribui continuamente para o crescimento pessoal e, especialmente, daqueles que são membros da família de Deus.
Ela não se baseia apenas na confiança na Palavra de Deus, no meio de provações e tentações (capítulo 1), mas, também, no serviço aos seus irmãos e irmãs em Cristo (capítulo 2).
Ericson Martins
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