"sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus" - Romanos 6:9-11
Em Romanos 5 Paulo explorou o tema do pecado (origem e resultados), demonstrando uma aparente injustiça e conflito óbvio, ninguém aceitaria sofrer a pena do pecado de outros, mas Deus prova Seu amor "pelo fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5:6-8). Esse foi o único meio pelo qual fomos perdoados e reconciliados a Deus (Rm 5:12-21).
Conhecendo as consequências devastadoras do pecado e o triunfo da graça de Deus sobre elas, poderíamos pensar que não temos mais problema com o pecado. Mas temos, não porque o sacrifício de Cristo foi ineficaz, pelo contrário, ele é a garantia de que Deus completará a boa obra iniciada em nós, até o seu término, ainda sofremos a influência do pecado em nossa natureza rebelde, arrogante, intolerante e ingrata. Por ela, aceitamos ser atraídos pela [falsa] justiça que excede aquela que Deus exerceu em Cristo a nosso favor (1 Co 5:6-7)!
Aprendemos que a vida venceu a morte, que a graça venceu o pecado (Rm 5:20-21), mas nossa natureza pecaminosa e o desejo que deriva dela podem nos levar a racionalizar, atenuar ou mesmo justificar comportamentos reprováveis. Contra esse problema real Paulo diz: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, a nós os que para ele morremos?" (Rm 6:1-2). Ele destaca uma diferença fundamental que há entre a vida e a morte. Quando algo está vivo, tem o poder e a capacidade de agir e interagir, mas morto, não! Ele usa essa ilustração para explicar o significado e as implicações cristãs que recebemos no batismo com Cristo (Rm 6:3), o qual figura a morte para o pecado. Nele, nosso corpo que costumava ser dedicado ao pecado morre, ou seja, é separado dos interesses e prazeres pecaminosos para "andar em novidade de vida", justamente porque Cristo ressuscitou de dentre os mortos (Rm 6:4), assim como os que nEle creem.
O verdadeiro crente não insiste na prática do pecado, pois para ele está morto (Rm 6:11). Sua justificação agora opera em santidade (Rm 6:19). Ele não zomba da graça ou abusa da paciência de Deus, achando que tal insistência ficará impune, pois aprendeu a odiar o pecado e sabe que está sujeito à disciplina para correção (Hb 12:4-11).
Quando Cristo morreu, venceu o poder tentador do pecado. Ao ressuscitar, venceu o poder da morte e recebeu uma condição totalmente nova, uma humanidade plena de perfeição e glória. Ele é o primogênito dessa nova vida, a qual nos foi garantida e prometida, por isso devemos deixar para trás cargas herdadas de uma vida pecaminosa e sob culpas, para a liberdade e paz que advêm da fé na Sua ressurreição (Ef 2:5-6; Cl 3:1).
É evidente que a ressurreição de Cristo afeta diretamente aqueles que creem, pois esses são ressuscitados da morte espiritual, pelo batismo, a fim andarem justa e piedosamente, vida santa e santificante, resistindo ao assédio do pecado do coração e no mundo!
Ericson Martins
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