Salmo 5
Juntamente
com a meditação na Palavra de Deus, a oração é o meio mais importante na
relação do crente com o Senhor. No entanto, nem sempre ela é uma prática
contínua na agenda de muitos.
Em geral,
em tempos de adversidades é que a oração se torna uma prática persistente,
porém, em tempos de paz e conquistas quase sempre a sua importância é esquecida.
Isso ocorre quando a relação com Deus é limitada pelo interesse nos benefícios
terrenos, mas não pelo relacionamento pessoal e íntimo com ele.
A autoria
do Salmo 5 é atribuída a Davi. Não temos detalhes históricos sobre o seu contexto,
mas é possível discernir que a sua experiência era de aflição por causa de
pessoas, as quais ele chama de “adversários” (v.8). Esses, o perturbavam por
causa da iniquidade (v.5), da mentira e fraudes (v.6), da falsidade (v.9) e da
transgressão para com a lei de Deus (v.10). É justamente nesse meio que Davi
implorou a Deus para que acudisse o seu gemido (v.1) e escutasse a sua oração
(v.2).
A
experiência da oração, vivida por Davi nesse Salmo, nos ensina que:
1. A oração deve ser insistente. O
oração de Davi revela um clamor muito intenso, resultado de grandes aflições.
Ele começa dizendo: “Dá ouvidos, Senhor” (v.1), depois: “Escuta, Rei meu e Deus
meu” (v.2a), em seguida diz: “a ti é que imploro” (v.2b), e por fim: “te
apresento a minha oração e fico esperando” (v.3). A oração insistente é uma das
orientações que encontramos, tanto no AT quanto no NT (Lc 11:5-8; 1 Ts 5:17).
Tal insistência é necessária para o fortalecimento da nossa submissão e
dependência do Senhor.
2. A oração deve ter amparo teológico.
A oração de Davi revela o seu profundo conhecimento de Deus, em praticamente
todos os versos. Sua oração se baseou na convicção que tinha a respeito do
caráter santo de Deus. Não oramos assim quando temos pouco conhecimento de Deus
e da sua Palavra. É especialmente por esse motivo que nos falta, em muitas
ocasiões, confiança para falar com Deus.
3. A oração deve ser transparente. Davi
não omitiu o interesse de ver a sua vida beneficiada por Deus, por meio da
oração (v.8). Também, fez questão de revelar as suas expectativas quanto aos
seus adversários: que fossem declarados culpados (v.9) e rejeitados (v.10) por
Deus. A oração não deve esconder as suas reais expectativas e, ao revelá-las,
demonstramos o nosso sincero interesse pela verdade.
Esse Salmo
possui, portanto, ótimas instruções para enriquecermos, ainda mais, a nossa
vida de oração.
“Querido Deus, Senhor e Pai. Graças te dou por seu imenso amor e
santidade, pois me protege do mal e me guia pelo caminho eterno. Eu te suplico
que nunca afaste de mim a sua misericórdia, pois em pecado nasci e em pecado
ainda vivo. Ajuda-me a aborrecer o mal e me afastar dele, pois meu sincero
desejo é ser agradável à sua presença e honrá-lo a cada dia. Assim, eu oro em
nome de Jesus, amém!”
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