Celebrações
como a do Natal, são simbólicas para os cristãos. Apesar de não haver qualquer
confirmação histórica sobre a ocorrência do nascimento de Jesus na data de 25
de dezembro, tradicionalmente ele é celebrado nesta data. A celebração do Natal
pelos cristãos é uma oportuna maneira de anunciar uma das mais significativas
histórias e doutrinas bíblicas às gerações futuras, pois ela trata
exclusivamente de Jesus Cristo e como ele, sendo Deus, veio como Homem padecer
no lugar de pecadores e justificá-los perante Deus, para a salvação eterna.
Em Isaías
7:14 lemos a profecia: “Portanto, o
Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um
filho e lhe chamará Emanuel”.
1. É um sinal da graça divina. A
palavra “sinal” no registro de Isaías não sugere um “milagre” do ponto de vista
etimológico, mas contextualmente sim. Ameaçado pelas invasões sírias e
israelitas (Is 7:1), Acaz (rei de Judá) fora desafiado pelo Senhor a pedir um “sinal, quer seja abaixo, nas profundezas,
ou em cima, nas alturas” (Is 7:11), de
que a aliança entre a Síria e Israel não prevaleceria contra Judá. Isso indicou
algo sobrenatural, como um fenômeno milagroso (extraordinário) da natureza pelo
qual Deus confirmaria a libertação e a paz do povo; porém, Acaz se recusou
pedi-lo (Is 7:12) e optou confiar no meio ordinário: aliança com a Assíria.
Além disso,
a interpretação inspirada de Mateus desta passagem estabelece claramente a
natureza milagrosa da previsão em Isaías 7:14: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele
salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se
cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a
virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel
(que quer dizer: Deus conosco)” (Mt 1:21-23). Não houve qualquer ocorrência
de um nascimento milagroso, por uma virgem, nos dias de Isaías, mas o texto
referiu-se a um futuro sinal da graça divina que providenciaria a eterna libertação
do povo de Deus, por meio do nascimento milagroso de Jesus.
2. E inaugurou o tempo do novo
nascimento. O anjo disse à Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o
poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo
que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1:35) [...] “e ela deu à luz o seu filho” (Lc 2:7). A
consistência doutrinária da concepção virginal de Jesus é fundamental para a
credibilidade da fé cristã. Ela está relacionada com a promessa de salvação no
Antigo Testamento, indicando a divina libertação final dos oprimidos pelo
pecado. O nascimento de Jesus, portanto, é um “sinal” da graça de Deus, do qual
ele é uma parte, pois está intimamente relacionado com a redenção de pecadores.
Ele nos ensina que a salvação é um ato de Deus, e de nenhum mérito humano. Assim,
o nascimento de Jesus é como o nosso novo nascimento, que também é pelo
Espírito Santo (Jo 1:12-13).
Jesus veio
evangelizar os pobres, proclamando libertação aos cativos e restauração da
vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4:18). Veio para dar a
sua vida por nós, e vida em abundância. Veio buscar e salvar aqueles que estão
perdidos, assim como o pastor procura a ovelha perdida. Confesse seus pecados,
arrependa-se deles e receba da parte de Deus, o milagre da concepção da Vida,
Jesus Cristo, em seu coração!
Ericson Martins
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