Circulou na internet no último mês um vídeo que criou grande popularidade nas Redes Sociais. Trata-se de uma família reunida cantando a música “Galhos Secos” do Grupo Êxodus (década de 70), cujo refrão diz “... para a nossa alegria”. Tamanha popularidade (mais de 11 milhões de visualizações em uma semana) justificou-se por três motivos: enorme desafinação, caretas e um grito dado no momento do refrão. O vídeo possui 1 minuto e 45 segundos e é possível rir do início ao fim.
Apesar de a atenção ter sido dada muito mais para o aspecto lúdico, a música comunica uma viva mensagem que deve ser ainda mais considerada: (1) “Nos galhos secos de uma árvore qualquer, onde ninguém jamais pudesse imaginar; o Criador vê uma flor a brotar. (2) Olhai, olhai, olhai os lírios cresceram no campo, e o Senhor nosso Deus os tem alimentado, para nossa alegria, para nossa alegria”.
(1) A primeira parte trata-se de uma referência ao questionamento que Jó faz com respeito ao valor e brevidade da vida humana (Jó 14:1-3). Seu questionamento é lógico: “Quem da imundícia poderá tirar cousa pura? Ninguém” (v.4 cf. 7:17-18). Ao comparar a vida humana com a de uma árvore (vv.7-12) Jó declarou não haver esperança para o homem ao contrário de uma árvore cortada. Entretanto, ele faz uma pergunta fundamental: “Morrendo o homem, porventura tornará a viver?” (v.14). Jesus responde esta pergunta em João 11:25-26: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?”. Jó não dimensionou a sabedoria e o poder soberano de Deus no curso dos seus dias, somente no final deles disse: “Então, respondeu Jó ao Senhor: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia” (Jó 42:1-3).
(2) A segunda parte da música refere-se ao episódio em que Jesus se encontrava com os discípulos e mostrou a diferença entre a ansiedade e a fé (Lc. 12:22-34). Os lírios são usados por Jesus por comparação lógica a fim de demonstrar o valor que Deus dá ao homem. Se Ele cuida tão bem dos lírios nos campos, dando-lhes beleza espetacular, sabendo que são lançados ao forno depois, Ele descuidaria das necessidades de seus filhos? (Lc. 12:27-28). Obviamente, não! Provamos ter pouca fé quando vivemos como os incrédulos (v.30) que buscam incessantemente necessidades terrenas formando assim, o centro da sua existência. Mas Deus não impôs sobre seus filhos tamanha inquietação, pelo contrário, se buscarmos seu reino (v.31), fazendo da Sua vontade a nossa, servindo Seus interesses no mundo mais que aos nossos, Ele suprirá nossas necessidades. É uma promessa irrefutável. Isto não significa que o crente deva se despreocupar das suas responsabilidades, pelo contrário, deve laborar, porém, confiante na providência que vem do Senhor, e não meramente do seu próprio esforço (Sl. 127:1-2).
Há esperança para o homem, mesmo sendo ele mergulhado no mais profundo abismo da alma e do pecado. É impossível ter esperança de livramento daqueles que estão no desespero existencial por conta das adversidades da vida, como foi o caso de Jó. Contudo, se isto é impossível ao homem, não é para Deus, pois Ele, por amor, providenciou o meio de redimi-lo enviando Jesus Cristo o qual deu a sua própria vida como pagamento pelo pecado, ressuscitando pelo Espírito Santo ao terceiro dia. Somente por Ele é possível ter esperança de vida eterna na presença de Deus. Cabe ao homem, portanto, arrepender-se dos seus pecados, confessá-los e confiantemente assegurar-se do Seu perdão para viver nova vida de acordo com as orientações da Palavra de Deus, a Bíblia. É nesta condição que, para a nossa alegria, Ele promete cuidar dos seus filhos de modo especial, muito mais que qualquer outra criação.
Com amor,
Ericson Martins
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