"Artinhas para Uma Identidade em Crise"
A tentação é um indicativo, uma sugestão, uma direção. Podemos ser tentados a tomar decisões e por elas entrar em caminhos dignos. Mas com o mesmo potencial de convencimento para as “coisas boas”, a tentação pode levar muitos a caminhos indignos. Um dos perigos da tentação é ela que sempre se apresenta como uma boa sugestão, quando esconde conseqüências duras de aflição e culpa.
O homem foi feito “reto” (Ec. 7:29). No Éden (Gn. 3:2), Adão e Eva estavam plenamente supridos. Não havia necessidade de nada além do que Deus lhes ofereceu. Havia neles o desejo de prazer (“boa”), estímulo pela obtenção (“agradável aos olhos”) e realização (“desejável para dar conhecimento”). Dimensões dadas e supridas por Deus na criação do homem. Mas o casal entrou numa crise de identidade com as palavras de Satanás, e acreditaram que Deus não poderia ter exclusividade de natureza. Uma única fruta foi suficiente para provocar seus desejos naturais convencendo-os, pela desobediência, que poderiam ser como Deus. Ao tocar na árvore Satanás saiu de cena e deixou o homem só no abismo da culpa.
Uma razão é capaz de explicar o porque Adão e Eva, cercados de tantos benefícios, preferiram o pecado : crise do ser. Esta crise faz tudo perder o sentido em volta, por isto, buscaram uma identidade que não lhes pertencia e descobriram conseqüências amargas por optarem não dar ouvidos ao conselho de Deus.
É aplicável compreender que somos amados por Deus, e que, embora estejamos ou tenhamos que enfrentar crises externas, jamais podemos permitir que elas gerem a afirmação de abandono Divino, pois é exatamente neste ponto que as tentações tomam forma de algo “boa, agradável e desejável”
Ericson Martins
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