Que ele cresça e eu diminua

Uma das mais significativas experiências na vida de um discípulo é a experiência de ser confrontado com o exemplo de Jesus, porque a sua natureza pecaminosa é contrária a natureza santa do seu mestre. Por causa do pecado, o homem vive mais em função de si mesmo do que de Deus e do seu “próximo”. Assim, não cresce de acordo com Cristo, porque ele se entregou à morte em favor de outros, glorificando o Pai e não a si mesmo (Tt 2:14; Hb 5:5).

A exaltação e a satisfação do “eu” sempre produz consequências devastadoras. A centralidade do “eu” foi a origem da queda de Satanás (Is 14:13-14) e da primeira tentação do homem (Gn 3:1-6). A mesma tentação foi provocada por Satanás contra Jesus no deserto (Lc 4:2-12) e é a mesma nesses “últimos dias” por homens amantes de si mesmos (2 Tm 3:1-2), quando desprezam a Deus e se exaltam.

Ao invés de exaltarmos a nós mesmos, a Bíblia diz que devemos nos examinar e nos humilhar (Mt 23:12; 1 Co 11:31), porque o nosso coração é enganoso e desesperadamente corrupto, além do que se possa compreender (Jr 17:9). A primeira iniciativa desse autoexame é admitirmos para Deus a nossa pecaminosidade (Sl 14:1-3; Rm 3:10-12), e submetermos a ele todos os nossos interesses (Rm 6:23).

Este honesto autoexame deve prosseguir ao longo da caminhada cristã. Nem sempre é fácil. Todavia, o Espírito Santo nos ajuda (Jo 16:8, 13-14) a enfrentar os nossos pecados e fracassos, nos ensinando e nos guiando a toda verdade (Jo 14:16, 26; 15:11).         

Se há uma ênfase singular que permeia esta caminhada de discipulado, não é o ensino sobre como salvar a nossa vida, mas como perdê-la por amor a Jesus (Mt 16:24-25; Lc 9:23-24). Jesus é o nosso maravilhoso mestre, o referencial de amar, de agir sabiamente e de submissão a Deus.

Que a nossa própria humilhação seja para Deus a sua exaltação!

Com amor,

Ericson Martins

contato@brmail.info

Facebook: www.facebook.com/ericsonmartins