O valor da vida e o pensamento suicida


“Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão vivo do que um leão morto” (Eclesiastes 9:4)

Anualmente tem sido divulgado o valor da vida nos meses de setembro, em caráter publicitário chamado de mês amarelo. O objetivo dessa campanha é de desencorajar pensamentos suicidas e orientar a sociedade a lidar com esse drama crescente próximo a todos nós, independente do mês!

Nunca foi tão divulgado e explorado tal tema e vale a pena ler, ouvir e interagir com a desesperança daqueles que perderam a alegria de viver ou simplesmente chegaram a um profundo esgotamento emocional, devido às pressões persistentes de expectativas alheias a realidade e limites pessoais.

É lamentável todo esse cenário de incompreensão bilateral nos relacionamentos!

Em Eclesiastes 9:4 encontramos uma profunda reflexão de Salomão sobre a vida que serve, evidentemente, para direcionar toda a nossa avaliação sobre ela. Ela é tão valiosa que, ainda que seja desprovida dos apetrechos materiais e da aprovação dos homens, na sua condição mais humilde, é superior à morte.

Um cão vivo vigia melhor que um leão morto e presta mais serviço ao seu senhor!

Essa verdade é eminentemente provada nas coisas espirituais, quando lemos a instrução de Jesus, em Marcos 10, que o maior no reino dos céus não é aquele que está assentado na mesa esperando para ser servido, mas aquele que serve; esse, portanto, apesar da sua condição social inferiorizada para esse mundo de valores superficiais, os quais se sustentam pela vaidade, ambição pelo poder, ganância financeira e provisória popularidade, é superior, cuja vida é mais preciosa aos olhos de Deus.

Nesse sentido, o ladrão arrependido ao lado de Jesus na cruz superou o imperador assentado no seu trono, assim como o cristão sincero, ainda que iletrado supera os maiores pensadores e articulados intelectuais dessa época, quando esses desprezam a vida, ignorando a verdadeira Sabedoria.

A vida é superior a morte e os que creem em Cristo tem a vida eterna, a morte não tem domínio sobre esses, não pode detê-los e impedi-los de continuar vivendo. Ela é o emblema do domínio sobre a desesperança.

Vale a pena viver, pois a vida é melhor que a morte, assim como o cão vivo vale mais do que um leão morto, ainda que o medo e as frustrações demarquem a nossa trajetória e desafiem a nossa capacidade de lidarmos com elas.

Não pense que a vida não vale mais pena, não dê ouvidos aos rugidos de leões mortos, não se permita viver como os que vivem sem vida, sem os deleites da felicidade que Jesus nos ofertou através da Sua morte e peça ajuda.

Ericson Martins

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