Humildade


A Bíblia requer dos cristãos uma avaliação honesta de si mesmos: "digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Rm 12:3). 

O orgulho é uma das maiores tentações que cerca aqueles que alcançam prestígio público, por causa dos seus dons. Fascinados pelo delírio do reconhecimento e aceitação dos homens, cedem, gradativamente, à frágil crença de que possuem superioridade nas relações. Não é a toa que acabam perdendo a noção do quanto se encontram muito mais vulneráveis por pensarem de si além do que convém. Mais cedo ou mais tarde são surpreendidos por sua própria realidade, por trás das superficiais aparências.

Paulo instruiu que Deus usa indivíduos como membros no contexto de um corpo, porque nenhum é superior ao outro, nem mesmo mais importante pela distinção dos seus dons (Rm 12:4-5). O "ponto" é que somos "membros uns dos outros" e qualquer conceito hierárquico de poder ou glória se desfaz por Aquele que unicamente é digno da nossa irrestrita e voluntária admiração, pois todos são, por Ele, igualmente, sustentados, preservados e usados, como Corpo.

Num mundo competitivo como o nosso, por causa do pecado, humildade é quase sempre interpretada como fraqueza, pobreza material ou passividade, mas é justamente o sentimento de incapacidade e dependência, que faz dessa pessoa útil aos propósitos de Deus, que é unicamente poderoso para fazer, por mim e por você, o que requer a Sua vontade. Ele não compartilha a Sua glória!

Humildade pode ser uma fraqueza para a altivez dos que pensam de si mesmos além do que convém, no entanto, essa é a grandeza daqueles que confiam mais em Deus que em si mesmos!

Ericson Martins

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