A morte e o eminente juízo


O que acontece após a morte física é um daqueles assuntos mais inquietantes na história da humanidade. Para uns, tal assunto envolve mistério e evoca sentimentos de medo, incertezas e até mesmo de desespero. Outros, simplesmente se recusam acreditar que existe consciência após a morte, sendo ela o fim da existência humana. Entretanto, a Bíblia esclarece, contra toda dúvida ou especulação, que a morte não é o fim, mas a passagem inevitável para uma realidade eternamente irreversível, tanto para o crente quanto para o incrédulo em Jesus Cristo (Ec 12:7; Hb 12:27). 

Quanto ao dia da nossa morte, só Deus conhece. A única certeza que possuímos é que este dia está chegando, é só uma questão de tempo. Firmemente, a Bíblia nos adverte a buscar o Senhor enquanto Ele pode ser achado e invocá-Lo enquanto Ele está perto (Is 55:6; 2 Co 6:2; Hb 2:3), pois veem tempos em que não será mais possível. Este é o tempo de crer em Jesus e de confiar na Sua obra redentora, abandonando o pecado e servindo a Sua vontade (2 Co 5:8-10), pois Ele é o único que pode destinar-nos para a vida eterna com Deus (Jo 10:28, 14:6; Rm 6:23; 1 Jo 5:11), mas condenar os que o negarem (Mt 3:11-12, 10:33, 25:46; 2 Pd 2:9).

Assim como Jesus (Lc 23:43) e Estevão (At 7:59), o apóstolo Paulo estava certo que logo após a morte o crente vai imediatamente para a presença de Deus (2 Co 5:8; Fl 1:21-23), onde todos são apresentados perante um tribunal (2 Co 5:10). Os crentes em Jesus já foram julgados pela obra na cruz, o seu pecado já foi julgado (2 Co 5:21), o que ouvem é apenas o pronunciamento da sua absolvição em Cristo (Mt 25:21-23). Quanto aos incrédulos e rebeldes para com Deus, estes ouvem a sentença irreversivelmente condenatória e são destinados para o sofrimento (Mt 25:24-30), cujo estado é de tormentos intermináveis.

Enfrentar a morte sem ter a vida justificada pelo sangue de Jesus Cristo é enfrentar a solidão Divina e de qualquer sinal da Sua bondade. A Palavra de Deus adverte esta geração para que creia em Jesus e se arrependa dos seus pecados, convertendo-se para uma vida de obediência à Sua vontade, pois o dia se aproxima em que não haverá mais possibilidade de arrependimento, e sim de juízo (Ap 20:11-15). O Evangelho significa boas notícias, quando o anunciamos estamos indicando o caminho da salvação, a esperança em meio ao caos que o pecado gerou. E esta é a boa notícia: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9:27-28).

Se desejamos ser salvos da condenação por nosso pecado, creiamos no Senhor Jesus Cristo (Rm 10:9-13) e, então, seremos poupados da ira vindoura, tendo paz com Deus (Rm 5:1). Do mesmo modo, sirvamos a este mundo, anunciando as boas notícias, pois Cristo veio para sofrer toda a condenação no lugar daqueles que crerem e livrá-los do eminente juízo, sendo necessário ouvirem estas verdades, através da Palavra de Deus.

“O testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida eterna; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 Jo 5:11-12)

Com amor.

Ericson Martins

3 comentários:

  1. Excelente texto, Reverendo. Entretanto, gostaria de saber se a palavra "eminente", contida no título desta reflexão se refere à proximidade do Juízo, pois, se assim o for, a palavra correta seria "Iminente". Ademais, o texto nos faz refletir sobre a realidade inexorável que nos aguarda após a morte. Só o Senhor é Deus!!

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  2. A palavra "eminente" foi usada com a intenção de se referir ao juízo em sua posição soberana. O tribunal diante do qual todos nós, um dia, haveremos de prestar contas. Mas caberia muito bem a palavra "iminente" também, pois o texto faz referência a juízo que se aproxima.

    Obrigado pela contribuição!

    Romanos 14:12: "Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus"

    Hebreus 4:13: "E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas"

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  3. Entendi Reverendo, achei mesmo que poderia ser utilizados tanto um quanto outro termo. Obrigado

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